quarta-feira, 10 de julho de 2013

Entrevistas com a Apresentadora Psicodélica, filha de Dr. Soop e representante de sua Marchinha.

Então é isso. 
Por alguns segundos ela sente como se a vida estivesse suspensa; como se ninguém tivesse o direito ou a ousadia de respirar, sorrir ou, até mesmo, chorar.

Aguardaria e que outra opção ela teria?
A vida retornaria em milésimos e o choque passaria.
Bem sabia disso.

"Por que a pressa?", a indagariam e ela não saberia como responder, pois mal sabia como respirar no momento.
Seria um momento de crise?
De sensação de fracasso?
De não conseguir ultrapassar as barreiras intransponíveis?

Ela não sabia.

Sentou-se no chão e pôs-se a comer jujubas, como sempre fazia em momentos de crise.
Mas elas não faziam o mesmo efeito... por que seria?

Percebeu-se, então, isolada.
Não sozinha, mas distante.

- Como mudaria?
- Não sabia.

- Ao menos queria mudar?
- É... mais ou menos. Um pouco complicado tocar nesse assunto. Próxima pergunta.

- Então por que reclamava?
- Hum... complexa demais. Tem alternativas para responder?

- Não, não temos. O que você vai fazer agora?
- Ler, estudar também. Assistir alguns filmes também.

- Se sente feliz?
- Não plenamente ou como idealizava, mas ninguém é 100% por qualquer coisa.

- Então ela é infeliz?
- Acabei de responder essa pergunta. Próxima.

- Por hoje não tem mais. Basta, a equipe se cansou.
- Está bem, nos vemos amanhã.

- Até.
- Não esqueça, tente retirar mais informações dela, sabemos que ela vai surtar com esse relatório, maaaaas... foi necessário.
- Certo, certo. Até.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caixa de Textos