quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Foolish

Ela é feliz.
Sim, ela é.
Veste a máscara da tristeza,
Rola na relva.
Grita.
Faz-se.
Joga-se com manha nos braços de outrem
E suspende o ar como quem jaz morto, ferido de bala.

Eu a olho.
A espanto.
A odeio.
E sinto pena.

Pena?
Pois sim.
Ela trata a vida como a uma novela,
Carecida de telespectadores
Seu teatro é insosso se a casa está vazia e despe-se da maquiagem grotesca de moça medieval sofredora.
Trata da morte como a um tema joliz,
Mas estremece perante ela, tão obscura e irreversível...

Liga embebida,
Putrefa em embriaguez lânguida,
Usa a voz embargada
E pede pouco
Pra ganhar muito...
Finge-se de tola
Para que sobressaia.

Quebra afetos,
Rompe relações
E sorri como jovem inocente,
Toda alegre
Jovial
E intocável.

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