Aparência.
Do que importa ela se lhe falta caráter?
Do que importa se sou ou não agradável aos olhos?
Traz-me uma sensação incômoda essa certeza de que,
Se fui seleta, fora porque algum atributo físico lhe roubou o olhar;
A atenção.
A minha "beleza" está nos versos...
E nem neles mais o estão!
São eles, todos, tão brancos...
Vazios.
Tolos.
Supérfluos?
Insensato é eu tentar me adequar pra você.
domingo, 25 de novembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
Não pretendia; não queria
Equívoco! Paranoia! Insanidade...
Também não sei o que queria expor;
Desculpe-me compartilha-lá contigo
E não releve minha insensatez,
Mas revela, à mim, tua fiel seguidora, se é obrigatoriedade;
Obrigatoriedade da tua parte ser meu consorte?
Livrar-me-ei de tal incômodo se esse vir a tornar-se o teu infortúnio
Porque, dos meus, cabo já procuro o dar.
São, essas, palavras tão bem medidas e procuradas;
Selecionadas por mim como um ourives a medir sua prata
E a negociar seu ouro,
Mas que no fim perderam seu objetivo de dizer-lhe que...
?
Também não sei o que queria expor;
Também não sei o que queria enxergar;
Também não sei o que pretendia lhe impor;
Apenas sei que não pretendia te amar.
sábado, 17 de novembro de 2012
Loja de Brinquedos
Ontem, ao dar uma volta pelo
shopping, passei em frente à loja de brinquedos e, que incrível!, porque tive
uma sensação tão boa de nostalgia dos meus 6 ou 7 anos e das correrias entre os
corredores lotados de brinquedos...
Admito: essa foi uma época em
que tive grande fascínio por bichinhos de pelúcia. Queria consumir todos eles,
queria dispô-los nas prateleiras do meu quarto e apertá-los como se não houvesse
amanhã.
Enfim, há um momento em que
todos nós crescemos e, oh! Que infelicidade, nosso desejo por consumir também
cresce, mesmo que se modifique.
As garotinhas de ontem são as
fanáticas por bolsas e sapatos do agora e, aqueles menininhos fofos, são hoje
homens alucinados por carros e acessórios fúteis, como sonzão e rodas de liga.
Amadurecemos, na realidade, a
nossa futilidade perante as coisas que desejamos comprar; perante as coisas que
não precisamos, mas que, para nos sentirmos incluídos nessa sociedade
capitalista, findamos por obter, mesmo que para isso nos endividemos até os
olhos.
Não nego: eu também compro como
uma mulherzinha alucinada. Temos, todos, esse impulso por possuir algo de que não
necessitamos realmente e mesmo que neguemos, a mídia é como uma vitrine que nos
mostra roupas, sapatos e os mais diversos acessórios que aguçam esse sentimento
de necessidade de posse; um instinto quase que animal de sobrevivência nessa
sociedade claustrofóbica; presa numa bolha de vestes multicoloridas e palacetes
reluzentes, reunidos para nos tentar e nos arrastar até o fundo daquele salão
amarelo, azul, vermelho e verde. (Essas são as cores de nossas cédulas de dinheiro,
certo?).
Entretanto, essas cores são a
decoração das paredes de tais palacetes e não podemos arrancá-las; podemos
apenas observá-las e ambicioná-las.
E quando não nos aguentamos
mais de desejo, recorremos àquela instituição que nos libera as pequenas folhas
multicoloridas, mas eles pedem pelo retorno delas! E ai de você se não pagar em
dia! Caso contrário, as multas serão astronômicas e você não dará conta,
tornando seu débito uma bola de neve. Porém não aquela neve branquinha e macia
que você via, na sua infância, nas propagandas da Disney, quando cobiçava o
boneco de pelúcia do Pluto ou a Minnie vestida de cozinheira. Não, essa neve é
colorida e possui valor real. REAL! Que divertido, pois será assim que você
deverá eliminá-la: em reais.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Ode a Cronos
Ó belo relógio!
Medidor do tempo;
Do tempo comedido (espalha-se ao relento)...
Tão curto! Metamorfoseia-se num necrológio!
Ó Cronos, Senhor do Tempo!
Reivindico à ti o primórdio;
Primórdio do Tejo, com velas ao vento
Navegando pelas águas - sem ódio! - e com o amável relógio!
Acordar-se: tique- taque, tique-taque...
Os seus ponteiros dourados a me apontarem
E mirar-se no espelho da hora passada: um assombro, um ataque!
Ponteiros, usados como lanças a me cravarem
Oh, não! É a velhice que me corrompe!
Oh, necrológio, ó Cronos, por que suas rugas a me cravejarem?
Medidor do tempo;
Do tempo comedido (espalha-se ao relento)...
Tão curto! Metamorfoseia-se num necrológio!
Ó Cronos, Senhor do Tempo!
Reivindico à ti o primórdio;
Primórdio do Tejo, com velas ao vento
Navegando pelas águas - sem ódio! - e com o amável relógio!
Acordar-se: tique- taque, tique-taque...
Os seus ponteiros dourados a me apontarem
E mirar-se no espelho da hora passada: um assombro, um ataque!
Ponteiros, usados como lanças a me cravarem
Oh, não! É a velhice que me corrompe!
Oh, necrológio, ó Cronos, por que suas rugas a me cravejarem?
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Aflar
Houve um dia em que chorei pela liberdade;
Houve um dia em que chorei pelo teu amor
Ajoelhei-me diante de ti, esquecendo minha vaidade
E recebi tua insensatez; teu olhar ameaçador
Meus olhos vibravam ao te mirar
Minhas vontades em expansão!
E teus lábios a me tentar,
Aguçar!
-Aguçavam meus sentidos e, quando tocavam nos meus, adocicavam essa pobre alma
Das amoras dos teu beijos, restaram rancores
E das tuas dores, o veneno que insuflou e corroeu meu existir,
Contaminou meu ar,
Rasgando paredes e tecidos de sentimentos.
Ser. Ser você, é o que eu não quero mais (ser).
Houve um dia em que chorei pelo teu amor
Ajoelhei-me diante de ti, esquecendo minha vaidade
E recebi tua insensatez; teu olhar ameaçador
Meus olhos vibravam ao te mirar
Minhas vontades em expansão!
E teus lábios a me tentar,
Aguçar!
-Aguçavam meus sentidos e, quando tocavam nos meus, adocicavam essa pobre alma
Das amoras dos teu beijos, restaram rancores
E das tuas dores, o veneno que insuflou e corroeu meu existir,
Contaminou meu ar,
Rasgando paredes e tecidos de sentimentos.
Ser. Ser você, é o que eu não quero mais (ser).
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