sábado, 18 de agosto de 2012

"Marry me?"


Por que diabos não discutimos isso? Melhor dizendo por que ignoramos ou então sentimos nojo, desprezamos, avacalhamos essa mudança que é o casamento gay? Somos imaturos para isso? É uma herança das opiniões familiares?
São tantas possibilidades, mas nenhuma me parece razoável o suficiente. Segue o texto escrito por mim, obviamente. Quero expor; sim, hoje eu quero expor o que penso e até mesmo sinto sobre isso. Não quero ser uma completa alienada, incapaz de pensar por mim mesma e acatar todas as opiniões de minha família, por exemplo, aonde possui elementos que julgam fervorosamente o matrimônio gay.
Isso tudo é ridículo. Não devemos amar "o homem" ou "a mulher", mas devemos amar o conjunto e tudo o que ele representa. Sua personalidade, perspicácia, inteligência e até mesmo seu bom gosto (perante diferentes pontos de vista, é claro). 
Espero que gostem e se não gostarem, não percam seu tempo comentado, lendo ou sei lá eu o que pretendem fazer.
Fora isso, Ohayô gozaimasu, minna-san. >.<



As transformações sociais estão conosco diariamente e, se pararmos para pensar, o que houve de tão grandioso nos últimos tempos? Avanços tecnológicos? Com certeza, mas uma das maiores reviravoltas na sociedade é a aceitação do matrimônio homossexual que durante anos foi repelido intensamente por grande parte da população, possuindo uma inimiga de alto conceito, ou seja, a Igreja.
O casamento homossexual foi depreciado durante séculos, mas enfim foi aceito (em parte) pela sociedade. Apesar de presenciarmos tais uniões em Igrejas e em cartórios, há uma grande massa “conservadora” que tende a julgá-los. E isto está retardando o avanço intelectual, acabando por refletir em nosso cotidiano na forma de discussões irracionais sobre sexualidade, aonde o “conservador” demonstra toda sua ojeriza perante a sociedade “gay” a qual, no fim de tudo, sente-se reprimida em função de tanto argumentos contra si.
É um ato estúpido recriminar os homossexuais tendo em vista a “expansão” deles. Cabe-nos a função de possuirmos a mente aberta e aceitá-los; a função de educar nossos filhos futuramente de modo que eles não se tornem adultos limitados e com horror a eles. Nosso dever é construir uma nação respeitosa e mesmo que essas palavras soem utópicas, não nos cabe muito mais a fazer já que a questão “homossexualismo” faz parte da nossa realidade e de nossas rotinas.
Absolutamente essa é uma das maiores transformações sociais não apenas pelo fato de permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas também por fazer-nos parar, pensar e rever nossos conceitos sobre preconceito e intolerância. De certa forma estamos sendo obrigados pela natureza homossexual a evoluirmos intelectualmente; a aceitarmos, a nos adaptarmos e aprovarmos esse novo modelo de sociedade que finalmente emerge.

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