sexta-feira, 27 de julho de 2012

Custa pensar?

Estava pensando sobre o conceito de moralidade e ética vigente hoje, mas não cheguei a nenhuma conclusão.
Minha visão de mundo é deturpada a cada dia pela mídia que nem sei bem o que dizer sobre isso e me sinto mal. Me sinto pior ainda por ter escrito um texto sobre isso aonde coloco ideias antigas, de uma falsa eu que muitas vez não concorda com aquilo, mas que perante a necessidade de um posicionamento recorre à qualquer subterfúgio.
É isso o que somos? Falsários que para escapar de alguma situação mentimos não apenas para nós mesmo, mas também para aqueles à nossa volta? Somos injusto e violentos? O que somos de verdade? O que nos define? Existimos de verdade ou isso não passa do delírio de um alguém que tomou muito LSD?
Praticamente ninguém pensa nisso, pensar faz a cabeça "doer" e ao fazer funcioná-la chegamos próximo à resposta da vida, mas acho que são poucos os que buscam tal resposta. Decepcionante ser humano, pois do que adianta tanta capacidade?
Como disse Mário Quintana ou Érico Veríssimo (não me recordo ao certo): "Analfabetos são aqueles que sabem ler, mas não leem". Deprimente, mas verdadeiro.
Ao mais, boa noite.


terça-feira, 24 de julho de 2012

É tempo de amar



Sentimento furioso a que todos os humanos são suscetíveis: o amor. É ele uma doença que, ao menos uma vez na vida, acerta-nos com toda sua força e, colocando-o nas palavras de Camões, é “fogo que arde sem se ver”  e “é querer estar preso por vontade”. Sábios dizeres que bem hoje, e sempre, definiram essa sensação inevitável entre nós, seres de sangue quente. Mas o foco não são as boas “vibrações” que ele pode agregar a uma pessoa, mas sim as desilusões que carrega no pacote.
“Aquela paixão e ligação haviam-no dominado tão inteiramente que estivera como que escravizado”. Neste fragmento de “O Eterno Marido”, de Dostoiévsk, podemos ver como Vielhtcháninov sentia-se ao recordar de seu caso com Natália e não apenas eles sentiu-se assim. Todavia todos que tomam consciência de seus objetos, pessoas, etc., amados dão-se conta do real significado de tal sentimento: escravidão, submissão, em alguns casos o ciúme e diversas outras consequências que findam por enegrecer a alma humana. O que pode o tornar pior? Dois fatores: primeiro que “amar” é algo que tanto o corpo como a mente necessitam, pois sem ele é como haver um oco dentro de si e, na tentativa de preencher o vazio, somos tomados pelo impulso e deixamos que qualquer leviano(a) nos domine. E o segundo fator que tortura e angustia e nós, reles mortais, é não correspondência da outra parte.
Todos sofremos desse mal ao menos uma vez na vida: o amor não correspondido. Hoje é “modinha” as pessoas trocarem carícias sem o menor sentimento, não que antes não  ocorresse, mas é agora que esse fato foi, por assim dizer, “escancarado”. O que seria isso? É a nossa carência gritando cada vez mais alto (e também a libido) o que nos impele a mantermos relacionamentos em que não há qualquer grau afetivo que seja. Todo esse “carnaval” é para podermos, nem que seja por algumas horas, nos sentirmos “completos”. Senhoras e senhores, esse é o ser humano lutando contra o abismo que a falta do ser amado causa.
Séculos passaram-se e muitos outros ainda virão, mas o “amor” e toda a consequência que ele traz nunca se modificará. A realção homem mulher sofre constantes transformações, mas o que cada um sente e pensa, nem a todo momento está preparado para acompanhar tais mudanças.



Segue uma música que, sei lá, me inspirou para escrever este texto mesmo que não tenha nada a ver com o sentido real. É da banda The Zombies e a música é Time Of The Season.








segunda-feira, 23 de julho de 2012

Meu outro website

Caso alguém leia este blog, o que duvido muito, meu site é www.andressa.net.br
;*

2012: 80 anos do começo de uma luta


A conquista feminina do direito ao voto completou, neste ano, oito décadas. Maior transformação social? Não há. Afinal, o eleitorado conta com 52% dos votos concedidos por nós, mulheres que apesar de algumas objeções, participamos da construção da nação brasileira.
Mesmo na Grécia, o berço da democracia, o voto feminino era proibido sob a falsa acusação de sermos intelectualmente inferiores. No entanto, esta alegação não nos foi satisfatória e em 1910, no Brasil, reivindicamos nosso direito sublime: o de votar. Está em nossas mãos escolher aqueles que tornarão o país um local de 1° mundo. Sim, nós possuímos este poder e é a partir dele que a nossa sociedade se modifica e evolui tornando aqui um terreno acolhedor para ambos os sexos. Porém, mesmo com mudanças e tais conquistas, continuamos a trabalhar mais e a ganhar menos do que o público masculino.
A partir da conscientização deste fato é que nos damos conta de que é necessário realizar algum movimento em combate a essas desigualdades que ainda perduram. E a quem recorrer? Ao governo por meio das eleições, pois cabe a eles reparar esta falha na sociedade e a nós eleger o mais capacitado para realizá-lo. No momento em que houver a igualdade social absoluta entre os sexos, estaremos mais preparados para sairmos da denominação “pátria emergente” e faremos jus às pioneiras na luta pela causa feminina como Bertha Luz, fundadora da Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher.
Desvalorizar o voto é o mesmo que fazê-lo com nós mesmos. Esta é umas das poucas formas de reivindicarmos o que é nosso e a batalha segue seu rumo final, fazendo valer a pena cada sacrifício feminino, como o de Olympe de Gouges, e ser-se-á, neste Outubro, que teremos a força para decidirmos nosso futuro pelos próximos quatro anos. A prudência será necessária no momento de pressionar “confirma” na urna, mas mesmo que nossa escolha não valha a pena, ainda temos voz para transformar e construir nossa nação. 

Caixa de Textos