Sob a fraca luz jaz um corpo...
Não inanimado! Não morto!
Cansado!
Cansado da luta, do embate entre os corpos...
Sob a fraca luz jaz um corpo...
Um corpo cor de mogno,
Coberto por linhas curtas negras;
Cuja pele macia ergue-se
Frêmito, permeando a Flor Vermelha
E esta desabrocha lentamente,
Com todo seu caule reverberando,
Num infindável Frenesi.
Nessa Primavera dos Corpos,
A Graúna passa seu bico entre as Pétalas da Flor Vermelha,
Sugando o Néctar que transborda
E atinge as folhas.
A Flor Vermelha, agraciada com a frescura da Graúna, lança-se sobre ela!
E aquela, com o bico, corta-lhe fora o caule,
Revelando toda a seiva que a Flor continha dentro de si
Agora liberta em êxtase
Pousada no chão
Sob a fraca luz...
Nenhum comentário:
Postar um comentário